A princípio, esses oito pontos eram apenas quatro.

E se você é ávido por esse tema ou trabalha na área, já deve sabê-los de cor: preço, praça, produto, promoção), e, posteriormente, com a evolução da demanda da experiência do cliente, novas necessidades, tecnologias, e com isso, novos P's. São eles: pessoas, performance, posicionamento e processos.

Dessa forma, as estratégias de marketing, que antes só tinham o produto como foco, passaram a ter as necessidades e anseios do cliente como tema central.

A partir daí, as empresas começaram a desbravar - ou pelo menos deveriam - essa área tão pertinente do modelo atual de mercado. Acesso a dados que moldam seus resultados, melhor metrificação de dados e suas análises, atração de novos clientes e geração de leads trabalham em conjunto à luz da ideia principal desses 8 pontos: a experiência do cliente.

Como aplicá-los em suas estratégias?

Os 8P's do marketing, ou mix de marketing como chamam por aí, nos mostram que as marcas de hoje em dia não só se preocupam com o fator vendas, mas sim, no fator que marca o cliente de forma que ele não esquece, seja para bem ou para mal: a experiência.

Mais de 3/4 dos clientes estão dispostos a pagar um pouco mais por uma experiência positiva, e outros 2/3 tratam a valência do experiencialismo como determinante para a fidelização da marca em suas vidas.

É esse o ponto em que as empresas buscam quando seguem a cartilha dos 8P's do marketing, priorizando assim, a necessidade real dos clientes.

Para além desses oito pontos, no mundo moderno -—e digital - fazer o uso dessa técnica traz a empresa para os trilhos do crescimento, conquistando assim, os resultados que desejam.

Como aplicar os 8P's às suas estratégias?

Produto

O primeiro P dos 8, ou seja, é aquilo que a empresa vende, seja um item ou um serviço.

Um bom produto para por alguns pilares-chave: conceito, nome, funcionalidades, expectativas de quem o necessita, etc. Isso pode ser determinante no sucesso ou fiasco do que se é vendido.

Na prática, desde a arte do lançamento até a distribuição final, a empresa precisa passar para o cliente como o produto irá impactar na sua vida de forma positiva e que ele, de fato, o precisa.

Estratégias essas podem ser aplicadas tanto no seu lançamento, seja um pré-lançamento, anúncios, collabs, propagandas nas redes sociais e OOH, para além da criação de conteúdo que explique como o item resolverá as dores do consumidor.

Preço

O segundo P dos 8, é preciso saber para além dos números terminados em 99 centavos, o valor que é agregado e se o mesmo é perceptível.

Para definir essa variável, é necessário um estudo de mercado, conhecimento da concorrência e renda demo-geográfica do público-alvo.

Ademais, certos pontos não podem ser ignorados, dentre eles:

Quanto meus potenciais compradores estariam dispostos a pagar pelo meu produto? Quanto custou para desenvolvê-lo? O cliente consegue pagar esse preço? Sua expectativa é a mesma que eu posso suprir?

Respondendo todas essas perguntas, e as analisando da maneira correta, com base nos custos fixos de produção, a empresa conseguirá definir um preço justo, atraindo o público-alvo, cobrindo seus custos e, não menos importante, lucrando.

    Praça

    O terceiro dos 8, compete aos locais ou espaços (in-loco ou não), que o produto ou serviço será comercializado.

    Para definir as melhores praças, há de se realizar um estudo geográfico, demográfico e comportamental do público-alvo, da concorrência e do produto.

    Assim, é possível saber onde o público está e quais locais ele costuma ir. Estar em locais onde a concorrência está é uma estratégia, mas também, é recomendável se localizar onde há uma boa demanda do produto, como os picolés estão para praia ou a cerveja está para o estádio, são exemplos bem sórdidos de praça.

    Ter uma boa praça, facilita uma boa visualização, melhor compreensão e mais eficiência na hora de atingir o público-alvo, como os exemplos supracitados. Isso também deve ser feito para as lojas digitais, ao escolher a melhor plataforma para se abrir o seu negócio.

      Promoção

      O quarto dos 8P's diz respeito não a descontos ou ofertas, mas sim, como verbo, o marketing que se usa para promover o produto ou serviço. Ou seja, é como o produto chega para o cliente na sua forma mais ávida, seja nas mídias, anúncios, OOH, ativações, etc.

      Investir em ativações on ou off para criar a sensação de que o produto e o cliente precisam um do outro naquele momento.

      Porém, para falar de promoção na sua forma mais prática, é preciso considerar alguns pontos pertinentes:

      Melhores locais de consumo, melhores pontos de venda, meios de divulgação, meios que o cliente mais acessa, quando e como a promoção deve ser feita.

      Tudo isso está vomitado na nossa cara a todo o momento, e na hora de pôr em prática, não podemos fazer diferente: imagine que a Brahma vai lançar uma nova linha de cervejas e vai seguir todo o decálogo acima citado:

      Lançar às vésperas do primeiro jogo do Brasil na copa do mundo (quando).

      Ativações pontuais em bares, restaurantes e aplicativos de delivery de bebidas (melhores PDV's e locais de consumo).

      Parceria com fan-fests na mesma época dos jogos (locais de consumo).

      Propagandas on na TV e redes sociais e off em busdoor's pela orla das cidades praianas (meios de divulgação).

        Pessoas

        No quinto dos 8, ou o primeiro da nova era dos que eram antes só 4, este ponto trata do estudo das pessoas que se relacionam com o serviço, produto ou negócio, não se limitando apenas ao público-alvo, mas também aos colaboradores da empresa.

        A questão aqui trazida é a empatia com o cliente, gerando assim uma conexão entre os dois. Ouvir suas necessidades, fazer um bom atendimento e oferecer a melhor solução para as dores da persona são o melhor caminho para tal.

        Porém, é importante lembrar que cada serviço exige habilidades diferentes com pessoas diferentes. Por isso, é importante ter uma persona bem definida, para que ela seja impactada da maneira mais eficaz.

        Conhecer o público-alvo vai além das informações demográficas, ela passa por anseios, objeções, motivações e objetivos.

        Na prática, recorrer à diferentes meios de se aproximar da audiência é uma boa estratégia, seja mídias sociais, assistente virtual de marca - como a Lu do Magal - criação de informes e blogs de produto, bons canais de SAC, etc.

        Do ponto de vista do endomarketing, esse pilar visa contratar, motivar e capacitar os colaboradores para que eles direcionem seus esforços ao público-alvo.

          Processos

          Toda a jornada de trabalho que vai ser feita pela empresa é um processo. Um fluxo de procedimentos, operações e métodos que só aquela empresa tem - ou não.

          Fascinar o cliente e dar a este a melhor experiência em relação ao produto deve ser o plano central de todo o processo.

          São os processos que garantem e orientam que todo colaborador vai saber o que fazer, alcançando assim, uma padronização nas entregas, onde toda a cadeia vai sair ganhando. Desde a ideia no papel, até a experiência final do usuário - e, em alguns mercados, até o descarte final do produto, sejam eles pilhas, recicláveis, pets, ecológicos, etc.

          Nesse sexto P, é importante ressaltar os seguintes pontos:

          Quais procedimentos ajudarão os clientes? Quais metodologias serão usadas para encantar os clientes? Como padronizar, do começo ao fim a entrega e divulgação do produto?

            Posicionamento

            Esse sétimo ponto está ligado em ter um ideal e ser percebido. Ele determina qual segmento a empresa se sai melhor e como alinhar uma estratégia que se direcione da maneira correta para que o produto ou serviço tenha ainda mais destaque.

            Simplificando: as marcas apelam a quatro principais posicionamentos: preço, diferenciação, benefícios e estilo de vida. Para definir esses pontos, consideremos:

            O produto é único e exclusivo? É barato e low-cust? Qual a melhor estratégia para se utilizar? Qual o diferencial da empresa?

            Um posicionamento consistente e dinâmico deve ser refletido em todos os aspectos de comunicação da empresa, desde a escolha do tom de voz e linguajar da persona, até a criação de suas peças publicitárias.

              Performance

              O último dos oito pilares traz a questão da produtividade e qualidade, botando na balança o que estes pesam para o sucesso da empresa;

              Qualidade do que é oferecido, produtividade, e a experiência do cliente, estes somados garantem uma boa performance.

              Através de indicadores chaves ou KPI é possível mensurar se o negócio está nos rumos que o objetivo da empresa quer atingir e, se os resultados estão sendo alcançados da forma desejada.

              Para aplicar este pilar é necessário que a empresa definida o que e como deve ser mensurado, seja com o acompanhamento de estratégias de marketing, aumento das taxas de cliques, leads gerados, ticket médio, e quais indicadores estão voltamos para o desempenho geral da empresa, como empresa.

              Quando aplicar os 8P's?

              No plano de marketing.

              Ou seja, todo o planejamento de negócio deve estar à luz dos melhores caminhos a serem trilhados, e, assim, obtendo melhores resultados.

              Através desses oito pontos, os negócios criam conexões com os clientes e promovem a marca, consequentemente aumentam as suas vendas.

              Com eles, é possível se preocupar mais com a experiência que o cliente terá, o colocando como protagonista no processo da empresa.

              Além disso, a técnica ajuda a atingir o público-alvo, seja por o seu grupo cultural ou por personalidades, já que considera suas necessidades e características na hora de traçar estratégias. 

              Desta forma, a empresa pode se beneficiar ao alcançar sua audiência conectar-se à ela.

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